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Com um aporte de R$ 100 milhões, a LGA Mineração avança em seu maior projeto industrial até hoje, a modernização completa de sua planta no Quadrilátero Ferrífero, em Minas Gerais. O chamado Projeto 3,5M marca uma mudança estratégica na operação da companhia, com foco em flexibilidade no processamento, aumento da qualidade do minério final e ganhos logísticos e ambientais. A nova estrutura deve entrar em operação plena no segundo semestre de 2025.
A iniciativa ocorre em um momento de transição para a indústria mineral, pressionada por exigências crescentes em eficiência, descarbonização e rastreabilidade. Segundo comunicado da empresa, a LGA aposta em tecnologias capazes de transformar ROMs com baixo teor de ferro — normalmente desprezados por outras mineradoras — em concentrados com mais de 65% de ferro, valorizados por sua eficiência energética e menor impacto ambiental nas etapas subsequentes da cadeia.
A planta atual já opera com empilhamento a seco, sem uso de barragens, e reutiliza até 95% da água no processo. Com a modernização, serão integrados novos sistemas de britagem, moagem, concentração e um filtro prensa fornecido pela chinesa JingJin. A empresa também avalia a implantação de um terminal ferroviário para a unidade de Lobo Leite, com potencial para reduzir custos operacionais e emissões logísticas.
Diferentemente de outras mineradoras, a LGA não possui lavra própria. Seu modelo de negócios se apoia em uma rede de fornecedores de matéria-prima, estratégia que exigiu investimentos significativos em adaptabilidade técnica. Com o Projeto 3,5M, a empresa amplia sua capacidade de processar diferentes tipos de minério, fortalecendo sua posição frente à volatilidade de oferta e garantindo maior previsibilidade ao fluxo de produção.
A operação já demonstra resultados. Em 2024, mais de 60% da produção superou o patamar de 62% de teor de ferro, com um aumento de 15% no volume produzido em relação a 2023. A LGA também aumentou sua presença internacional, com mais de 15% das vendas destinadas indiretamente à exportação. A expectativa é que, com o novo sistema em operação, 100% da produção supere os 62% de ferro, com uma parcela significativa acima dos 65%.
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O investimento, financiado com capital próprio e linhas de crédito de longo prazo junto a três instituições bancárias, também fortalece a estrutura financeira da companhia. Entre os ganhos indiretos apontados pela gestão estão a menor dependência de blends, maior controle sobre suprimentos e estabilidade de caixa — fatores que aumentam a atratividade comercial da LGA.
A estratégia da empresa vai além da modernização de processos, segundo ela, também envolve o fortalecimento da cultura organizacional e a valorização das equipes.
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